Brasileiros podem ganhar R$ 400 por mês com decisão do governo; entenda
O governo brasileiro discute a isenção do Imposto de Renda (IR) para cidadãos que recebem até R$ 5 mil mensais, uma iniciativa que pode impactar significativamente tanto as finanças públicas quanto o orçamento familiar dos contribuintes.
Segundo dados estimados, essa medida poderia reduzir a arrecadação do governo em cerca de R$ 45 bilhões, valor que representa aproximadamente 1,941% da receita total de 2023, que atingiu R$ 2,318 trilhões.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende a isenção como uma oportunidade para criar um ambiente mais justo, onde os cidadãos tenham mais capital disponível para investir localmente e promover o crescimento econômico em suas comunidades.
Especialistas argumentam que a isenção de IR para aqueles que ganham até R$ 5 mil é uma abordagem eficaz para aliviar a carga tributária de trabalhadores assalariados. Atualmente, esses contribuintes pagam cerca de R$ 400 em impostos, considerados as deduções comuns.
Benefício para o contribuinte
Atualmente, um trabalhador que recebe um salário mensal de R$ 5 mil paga impostos com a alíquota de 27,5% do IR. Esse encargo significa um desconto de R$ 489,04 em seu salário bruto, resultando em um salário líquido de R$ 4.510,96. Ao considerar as contribuições para o INSS, o valor líquido recebido pelo trabalhador é reduzido para R$ 4.120,57 mensais.
Especialistas ressaltam que a isenção de IR pode ser mais significativa para aqueles com menores rendimentos. Economistas projetam que a eliminação desse imposto pode resultar em um aumento do salário líquido em torno de 20%, dependendo das deduções pessoais de cada contribuinte.
Como o governo planeja compensar a perda de receita
Para contrabalançar a redução de arrecadação, o governo estuda a possibilidade de aumentar a taxação sobre indivíduos que recebem mais de R$ 50 mil mensais. Essa abordagem progressiva visa garantir uma justiça fiscal mais equitativa, redistribuindo o peso dos tributos de forma a favorecer aqueles que têm menos recursos.
Essa estratégia de compensação está alinhada com modelos fiscais de outras nações, onde a taxação sobre maior renda auxilia na manutenção de políticas sociais e redução da desigualdade econômica.