Brasileiros contrários ao aborto cresce 6% em 2 anos, revela pesquisa

O posicionamento sobre a legalização do aborto no Brasil está passando por transformações, conforme apontado por uma pesquisa recente realizada pelo instituto PoderData. De acordo com os dados divulgados, o número de brasileiros que se declara contrário ao aborto aumentou para 61%, representando um crescimento de 6% nos últimos dois anos.

Crescimento de pessoas contra o aborto

A pesquisa, conduzida entre os dias 27 e 29 de janeiro em 229 municípios, revela que a posição contrária à legalização do aborto vem ganhando espaço. Em 2021, 58% dos entrevistados eram contrários, número que caiu para 55% em janeiro de 2022, mas que agora atinge 61%. Por outro lado, 24% dos brasileiros se declaram a favor da descriminalização do aborto, comparado a 31% em 2021.

Os dados também evidenciam que, mesmo entre os apoiadores do governo Lula, 55% são contrários à descriminalização do aborto. Esse cenário se reflete, de maneira mais acentuada, entre os críticos ao governo, onde 68% são contrários. Essa tendência se mantém em diferentes recortes demográficos, incluindo gênero, faixa etária e regiões do país.

A pesquisa PoderData aponta para uma mudança de perspectiva em relação ao tema, com a maioria dos entrevistados expressando uma posição contrária ao aborto. A análise estratificada revela taxas mais elevadas de oposição entre os homens (64%) e idosos acima de 60 anos (66%). Além disso, as regiões Sul e Nordeste lideram as taxas de rejeição, com 64%.

Essa crescente oposição à legalização do aborto é interpretada por alguns líderes religiosos e políticos como um reflexo da tradição e formação cristã da sociedade brasileira. No entanto, é importante notar que, mesmo diante desse aumento na oposição, o tema continua sendo objeto de debate e pressão, como evidenciado pela ADPF 442, que busca a descriminalização até a 12ª semana de gestação.

O presidente da Associação Nacional Pró-vida e Pró-família de Brasília, André Said, destaca a resiliência dos grupos pró-vida no Brasil, além do papel da oração e dos avanços científicos na conscientização sobre o desenvolvimento humano intrauterino.

Em um cenário político e social complexo, esses números refletem a diversidade de opiniões sobre o tema, sendo fundamental para os legisladores considerarem a vontade da população que representam. A pesquisa não apenas evidencia a posição atual, mas também serve como instrumento de consulta para os parlamentares moldarem suas ações em prol da defesa da vida.

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