Bolsa Família revela região onde o programa predomina há mais de 10 anos

O Bolsa Família, um dos principais programas de transferência de renda do Brasil, enfrenta um desafio significativo: a dependência prolongada de muitos de seus beneficiários. Dados de fevereiro deste ano revelam que 7 milhões de famílias, ou 34,1% do total de 20,6 milhões de inscritos, recebem o benefício há 10 anos ou mais.

A região Nordeste lidera em termos de dependência prolongada, com 38,8% das famílias inscritas no programa desde 2015 ou antes. Outras regiões, como o Norte, Sul, Sudeste e Centro-Oeste, também apresentam números significativos, embora menores. 

Iniciativas para reduzir a dependência

O governo brasileiro não estabelece um limite de tempo para a permanência no Bolsa Família, mas promove iniciativas para incentivar a saída dos beneficiários do programa. Uma dessas iniciativas é a “Regra de Proteção”, que permite que famílias que aumentem sua renda continuem a receber 50% do valor do auxílio por até 24 meses.

Para ser elegível ao Bolsa Família, as famílias devem ter uma renda mensal de até R$ 218 por pessoa e cumprir requisitos cadastrais específicos. O processo de concessão de benefícios é baseado no número de membros da família e na presença de gestantes, nutrizes ou menores de 18 anos. 

Dependência prolongada por estado 

Em termos estaduais, Alagoas lidera com 42,7% dos beneficiários em dependência prolongada. Outros estados do Nordeste, como Paraíba e Piauí, também apresentam altos índices. Em contraste, o Distrito Federal tem a menor proporção de beneficiários de longa data, com apenas 3,1%.

Quando analisado por cidade, 576 municípios têm 50% ou mais de seus beneficiários no programa há 10 anos ou mais. Isso representa 10,3% das localidades brasileiras. Esses dados são essenciais para identificar áreas onde há maior dificuldade de ascensão social e onde o programa pode ser aprimorado.

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