Escondida sob a beleza serena da ilha grega de Santorini, uma ameaça vulcânica latente preocupa cientistas e moradores. A ilha, formada por uma antiga erupção vulcânica, é o que resta de uma caldeira submersa, agora em vigilância devido a possíveis atividades sísmicas.
Recentemente, a ilha foi abalada por uma série de terremotos, levando à evacuação de quase metade de seus 11 mil habitantes.
O navio de pesquisa britânico Discovery está atualmente em missão para investigar a atividade vulcânica subaquática na região. A bordo, especialistas em vulcões submarinos estão empenhados em compreender melhor os riscos associados a esses fenômenos naturais.
A última erupção significativa em Santorini ocorreu em 1950, mas a atividade sísmica recente reacendeu preocupações sobre uma possível nova erupção.
Riscos dos vulcões submarinos
Os vulcões submarinos representam uma ameaça significativa devido à sua capacidade de causar erupções de grande magnitude. A erupção do Hunga-Tonga em 2022, por exemplo, foi a maior explosão subaquática já registrada, gerando um tsunami que afetou até mesmo o Atlântico.
Isobel Yeo e sua equipe estão focados em mapear o sistema hidrotermal de Santorini, que pode fornecer pistas sobre a atividade vulcânica futura. Esses sistemas são formados por fontes hidrotermais, onde a água do mar se mistura com o magma, criando um ambiente geológico complexo e potencialmente perigoso.
Como a pesquisa pode ajudar a prevenir desastres
A expedição liderada por Isobel visa criar mapas de risco geológico para auxiliar a Agência de Defesa Civil da Grécia. Esses mapas serão fundamentais para informar a população local sobre áreas de risco e para planejar evacuações em caso de erupções.
Além disso, a coleta de dados e amostras do fundo do mar pode revelar informações cruciais sobre a composição e o comportamento dos vulcões submarinos. Isso inclui a análise de rochas vulcânicas e fluidos, que ajudam a entender a dinâmica interna dos vulcões e a prever possíveis erupções.