Bebê reborn: Novo projeto está propondo multa para quem fizer isso

Os bebês reborn são bonecos artísticos criados para se parecerem com bebês reais. Cada detalhe, desde a textura da pele até os fios de cabelo, é cuidadosamente trabalhado para alcançar um nível impressionante de realismo.

Esses bonecos são produzidos manualmente por artesãs conhecidas como “cegonhas”, que utilizam técnicas minuciosas para pintar a pele, implantar cabelos e adicionar peso, conferindo aos reborns uma aparência e sensação de recém-nascidos.

O termo “reborn”, que significa “renascido” em inglês, reflete o processo detalhado de criação desses bonecos. A popularidade dos bebês reborn tem crescido, atraindo não apenas colecionadores, mas também figuras públicas que compartilham suas experiências com esses bonecos em redes sociais. 

Recentemente, os bebês reborn têm sido tema de discussões em assembleias legislativas de diferentes estados do Brasil. Um exemplo é o projeto apresentado pelo deputado estadual Cristiano Caporezzo em Minas Gerais, que visa proibir o atendimento médico a esses bonecos em unidades públicas de saúde.

A proposta surgiu após um incidente em que uma mulher tentou levar um bebê reborn para atendimento médico, alegando que a “criança” estava com febre.

Caporezzo argumenta que tais situações representam uma “distopia generalizada” e podem comprometer o funcionamento do sistema de saúde. A medida prevê multas para os casos de descumprimento, com os recursos destinados ao tratamento de pessoas com transtornos mentais. 

Impacto psicológico dos bebês reborn

Além das questões legislativas, há um crescente interesse em entender o impacto psicológico dos bebês reborn. Na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, por exemplo, foi proposto um programa de saúde mental para pessoas que desenvolvem laços emocionais com esses bonecos.

A iniciativa busca prevenir problemas como depressão, suicídio e isolamento social, oferecendo acompanhamento psicológico e terapias conduzidas por equipes multidisciplinares.

Embora os bebês reborn possam ser utilizados terapeuticamente em casos de luto perinatal, há preocupações de que a relação simbólica com esses bonecos possa evoluir para uma dependência emocional prejudicial. 

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