Com o aumento da conscientização sobre o bem-estar animal, os consumidores têm se mostrado cada vez mais preocupados com as condições em que os produtos de origem animal são produzidos. Esse é o caso, por exemplo, dos ovos e de seus derivados, fornecidos por galinhas poedeiras.
O manejo adequado dessas galinhas, portanto, deve respeitar as características e o comportamento da espécie, visando não só a qualidade do produto final, mas também a saúde dos animais. O sistema cage-free, que cria as galinhas livres de gaiolas, tem sido uma das principais recomendações nesse sentido, uma vez que as galinhas presas apresentam estresse e diminuição na resistência a doenças.
Como garantir o bem-estar das galinhas poedeiras?
Sem dúvida, o sistema cage-free contribui significativamente para o bem-estar das galinhas. Entretanto, a criação livre de gaiolas é apenas um dos aspectos que devem ser considerados. Além disso, para garantir o bem-estar das galinhas, é necessário adotar boas práticas que conservem o estado físico e mental natural das aves.
Entre essas boas práticas estão a redução de ruídos e movimentos bruscos, a manipulação cuidadosa das aves para evitar lesões e estresse, e o manuseio adequado para evitar maus tratos. Além disso, o programa de iluminação do local de criação deve ser bem planejado, optando, sempre que possível, pela iluminação natural.
Prevenção ao canibalismo e medidas de eutanásia: quais as recomendações?
Questões como o canibalismo entre galinhas poedeiras e a forma como é realizada a eutanásia também são aspectos relevantes no manejo das aves.
Em relação ao canibalismo, sabe-se que a bicagem de penas entre as galinhas pode resultar nesse comportamento. Para evitar essa situação, o manejo nutricional, sanitário, de ambiência e a capacitação do pessoal responsável são fundamentais. Além disso, deve-se priorizar a criação de galinhas de linhagens mais dóceis e com menor propensão para a bicagem.
No que se refere à eutanásia, é essencial que as galinhas sofrentes, sem prognóstico de recuperação, sejam submetidas ao procedimento, que deve ser realizado por um médico veterinário ou por um colaborador capacitado, para evitar a dor e o estresse dos animais. Segundo o Programa Nacional de Abate Humanitário-STEPS, a eutanásia deve ser restrita a casos de emergência e realizada com deslocamento manual do pescoço das aves.