Uma significativa explosão solar do tipo M teve início na segunda-feira, dia 5, na mancha AR3575, intensificando-se no dia seguinte e causando interferências nos sinais de rádio na Austrália e partes da Ásia. A física solar Keith Strong relatou o evento, utilizando imagens do Solar Dynamic Observatory (SDO) da NASA. A ejeção de massa coronal (CME) resultante liberou partículas carregadas que atingiram a Terra aproximadamente oito minutos após deixarem o Sol.
A interação dessas partículas com a atmosfera terrestre causou ionização nas camadas superiores, resultando em interferências nas frequências de onda abaixo de 30Hz na Oceania e sudeste asiático. A explosão, classificada como M4.2, teve início às 22h30 (horário de Brasília) do dia 5, atingindo o pico às 1h15 do dia 6. Fenômenos desse tipo podem gerar pequenos blecautes de rádio e níveis de radiação prejudiciais a astronautas desprotegidos.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos alerta que a atividade solar não se limitará ao início da semana, indicando a possibilidade de mais explosões do tipo M e X nos próximos dias.
Quando ocorre uma explosão solar, ocorre a liberação significativa de energia e radiação eletromagnética no espaço, abrangendo desde ondas de rádio até raios gama. A classificação dessa atividade solar baseia-se no fluxo de raios-x e segue uma escala logarítmica entre as categorias A, B, C, M e X, sendo X as mais fortes.
As explosões de categoria A e B são consideradas as mais fracas e comuns, sem afetar a Terra. Atividades solares do tipo C têm pouco ou nenhum impacto no planeta, enquanto as do tipo M podem causar blecautes de rádio pequenos a moderados. Por sua vez, as explosões X, as mais poderosas, podem resultar em blecautes de rádio fortes e extremos, além de tempestades geomagnéticas severas.