Apollo 12: missão menos popular mas igualmente importante para a história
A Apollo 12, muitas vezes ofuscada pelo sucesso histórico da Apollo 11, desempenhou um papel crucial na exploração espacial e na conquista da Lua. Lançada em novembro de 1969, apenas quatro meses após o épico pouso lunar da Apollo 11, a Apollo 12 enfrentou desafios únicos que a tornaram uma missão marcante.
Durante os primeiros minutos do voo, a Apollo 12 enfrentou um incidente inesperado de relâmpago, que atingiu o módulo de comando e controle. O evento, conhecido como “raio lunar”, poderia ter levado ao aborto da missão. No entanto, a rápida tomada de decisões e habilidades dos astronautas Alan Bean, Charles “Pete” Conrad e Richard Gordon permitiram que a Apollo 12 superasse esse contratempo.
O pouso na Lua, realizado pela Apollo 12, foi direcionado para a região conhecida como Surveyor 3, uma sonda lunar enviada pela NASA em 1967. Esta escolha estratégica permitiu que os astronautas coletassem peças da sonda para análise na Terra. Essa coleta forneceu dados essenciais sobre os efeitos do ambiente lunar nos materiais, contribuindo significativamente para as futuras missões.
Além disso, a Apollo 12 consolidou a capacidade da NASA de realizar pousos precisos na Lua. A precisão foi evidenciada pelo fato de que a Apollo 12 pousou a uma curta distância da Surveyor 3, marcando um avanço técnico importante para as missões subsequentes.
A tripulação da Apollo 12, com seu senso de humor irreverente e profissionalismo, também contribuiu para a narrativa única da missão. O comandante Pete Conrad e o piloto do módulo lunar Alan Bean deixaram suas pegadas na Lua e transmitiram uma sensação de camaradagem que ressoou com o público.
Assim, embora talvez menos conhecida do que sua predecessora, a Apollo 12 desempenhou um papel vital no avanço da exploração lunar e no desenvolvimento das capacidades espaciais, consolidando seu lugar como uma missão igualmente importante na história espacial.