A Estrela Betelgeuse, localizada na constelação de Órion, tem sido objeto de fascínio e especulação ao longo dos séculos. Sua magnitude brilhante e coloração avermelhada a tornam uma das estrelas mais visíveis e reconhecíveis no céu noturno. No entanto, nos últimos anos, astrônomos têm observado fenômenos intrigantes nessa gigante vermelha, levantando a possibilidade de que Betelgeuse esteja à beira de uma explosão espetacular.
Com um diâmetro aproximadamente mil vezes maior que o do nosso Sol, Betelgeuse é uma estrela supergigante que se encontra em uma fase avançada de sua evolução. Sua vida é um espetáculo cósmico que culminará em uma supernova, um evento astronômico de proporções extraordinárias. Contudo, a questão que intriga cientistas e entusiastas é quando exatamente esse espetáculo ocorrerá.
As observações recentes revelaram que Betelgeuse passou por uma significativa diminuição em sua luminosidade. Em dezembro de 2019, a estrela atingiu um nível de brilho sem precedentes, levando astrônomos a especularem sobre a iminência de sua explosão. Entretanto, essa diminuição na luminosidade foi posteriormente atribuída a atividades naturais, como a liberação de material estelar na atmosfera.
Os ciclos naturais das estrelas supergigantes incluem estágios de expansão e contração, e Betelgeuse não é uma exceção. Seu comportamento variável é uma parte intrínseca de sua evolução estelar. Astrônomos agora acreditam que as mudanças observadas foram resultado de uma ejeção de poeira estelar, não de uma iminente explosão.
Apesar disso, a incerteza sobre o futuro de Betelgeuse persiste. Supernovas são eventos raros e difíceis de prever com precisão. Caso Betelgeuse entre em colapso e alcance o ponto crítico que desencadeará a supernova, sua explosão será visível da Terra, mesmo durante o dia. Esse fenômeno proporcionará uma oportunidade única para astrônomos estudarem os estágios iniciais de uma supernova em detalhes.
Além do impacto científico, uma supernova em Betelgeuse seria um espetáculo magnífico para observadores terrestres. A explosão provavelmente seria visível por semanas, talvez até mesmo durante o dia, iluminando o céu noturno com uma intensidade que rivalizaria com a Lua cheia.
