Governo do Rio Grande do Sul planeja construir ‘novas’ cidades após enchentes
Não há uma data definida para os trabalhos de reconstrução no Rio Grande do Sul começarem. Contudo, o governo do Estado, como também engenheiros e urbanistas já sabem que não bastará refazer as casas, ruas, pontes, entre outros, da forma como existiam antes das enchentes históricas deste ano.
Observando essa nova realidade de eventos climáticos extremos mais recorrentes, há o entendimento de que muitas cidades gaúchas precisarão de algumas transformações.
Entre as ideias sugeridas, estão a de bairros que dariam lugar a parques, como também a construção de casas que poderiam ser refeitas sobre pilotis (conjunto de colunas), além de novas barreiras e diques em áreas urbanas.
Nos casos extremos, considerando cidades cujo território foi quase todo engolido pelas águas, uma medida extrema é apontada como possível solução. De acordo com o vice-governador Gabriel Souza: “Nós temos uma série de desafios e não dá para descartar, inclusive, termos de remover cidades inteiras do lugar onde elas estão, ou seja reconstruir cidades em outros locais”.
“Isso já aconteceu em alguns lugares pelo mundo e até no Brasil. Claro que demanda condições dignas de moradia, demanda recursos públicos, demanda indenizações. Mas onde é inviável manter pessoas morando, melhor dar a elas outro lugar”, pontuou o vice-governador.
Cidades atingidas
As cidades atingidas pelas cheias históricas chegaram a 452, há 77 mil pessoas vivendo em abrigos. As fortes chuvas começaram a castigar o Estado no dia 29 de abril.
O governo do Rio Grande do Sul ainda não entrou na fase de detalhar como e onde reconstruir as construções atingidas.
Contudo, especialistas apontam o que deveriam ser algumas das prioridades, uma delas, inclusive, é a infraestrutura crítica.
O arquiteto e urbanista e integrante do Ministério Público do Rio Grande do Sul, William Mog, afirma não acreditar em uma grande e única solução, mas em diversas estratégias para fazer frente a prováveis novas enchentes.