Por causa dos temporais que atingiram o Rio Grande do Sul o preço de alimentos deve aumentar. Até o momento, ainda não é possível prever o tamanho do impacto na inflação do país.
De acordo com alguns especialistas ouvidos pelo portal UOL, a expectativa é de que a tragédia pressione a inflação, especialmente pelo arroz, que é um dos principais alimentos da cesta básica brasileira, possuindo também um peso significativo no cálculo.
O economista André Braz, do FGV Ibre, diz que ainda não é possível calcular o impacto das chuvas na inflação do país. É importante destacar que a FGV faz o cálculo com coleta de preços, o que implica em visitar mercados, açougues, padarias e comércio em geral, no entanto, por causa da tragédia, não é possível fazer isso no Sul do país.
“Toda a logística que nos permite ver o bom comportamento dos preços não está contribuindo para que isso aconteça. Por enquanto só sabemos que vão ocorrer prejuízos na agricultura, porque esse excesso de chuvas tanto prejudica a colheita quanto o plantio” afirmou o economista André Braz.
Alta nos preços de alimentos
A situação é ainda mais preocupante porque até produções que não foram afetadas pelas chuvas podem ter aumento de preços. Esse é o caso da soja, por exemplo, que foi colhida antes das enchentes.
Contudo, por causa das dificuldades logísticas para escoar a produção, o valor da soja também pode sofrer aumento.
“É claro que Rio Grande do Sul vai perceber um impacto mais forte até se recuperar totalmente, mas o país também, porque o Sul é responsável por safras importantes”, pontuou André Braz, economista do FGV Ibre.
Entre os meses de maio e julho devem ser percebidos os principais impactos, principalmente nos preços agropecuários, segundo a LCA Consultores. A empresa ainda projeta aumento de preços para cereais, leguminosas e oleaginosas.