Em 2023, alugar um imóvel residencial não é lá uma tarefa muito fácil para milhares de brasileiros. Isso porque, segundo o Índice FipeZAP, no acumulado entre janeiro e novembro deste ano, o preço médio do aluguel de residências disparou 15,02%.
O aumento anual é três vezes maior que a inflação oficial do Brasil. O principal motivo para o avanço é que, até novembro deste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 4,68%. O dado em questão sinaliza as dificuldades que os cidadãos tiveram para alugar uma residência em 2023, tendo que gastar bem mais do que no ano anterior.
De modo geral, o Índice FipeZAP analisa o comportamento do mercado imobiliário em 11 capitais e 14 cidades brasileiras. Dessa forma, a Fipe divulga uma média de variação mensal dos preços, tendo como base os anúncios imobiliários publicados na internet.
Preço do aluguel ultrapassa inflação do país
O desempenho nos preços do aluguel de imóveis residenciais vem apresentando um cenário bem peculiar em 2023. Apesar da inflação ter perdido força no Brasil no decorrer deste ano, isso não foi o que aconteceu no setor de locação imobiliária. Em outras palavras, as pessoas que alugaram um imóvel residencial neste ano não tiveram muito o que celebrar.
Para se ter uma ideia, o IPCA subiu apenas 4,68% entre janeiro e novembro de 2023. Em suma, o indicador estourou pela segunda vez a meta inflacionária em 2022, mas vem se mantendo dentro da meta neste ano. Inclusive, o IPCA é considerado a maior inflação oficial do Brasil.
Junto disso, o aumento nos preços do aluguel de imóveis residenciais também superou por muito a taxa registrada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Cabe destacar que o indicador acumulou queda de 3,89% nos primeiros 11 meses de 2023, ou seja, os preços analisados caíram no ano. A título de curiosidade, o IGP-M nada mais é do que a “inflação do aluguel”.
Como é possível notar, os dados apontam que os proprietários de imóveis residenciais vêm aumentando de maneira significativa o valor da locação em 2023. Curiosamente, não houve grandes motivos para que isso acontecesse, mas, mesmo assim, os valores dispararam até o mês de outubro.
Lista das capitais com as maiores altas no aluguel em 2023
Segundo o levantamento, a inflação medida pelo Índice FipeZAP subiu em todas as 11 capitais pesquisadas neste ano. Alguns locais tiveram variações acima da expectativa, ultrapassando os 20%. Confira:
- 1. Goiânia (GO): 33,69%;
- 2. Florianópolis (SC): 27,67%;
- 3. Fortaleza (CE): 22,48%;
- 4. Rio de Janeiro (RJ): 18,59%;
- 5. Curitiba (PR): 18,59%;
- 6. Belo Horizonte (MG): 15,81%;
- 7. Porto Alegre (RS): 12,95%;
- 8. São Paulo (SP): 12,39%;
- 9. Recife (PE): 11,37%;
- 10. Brasília (DF): 10,35%;
- 11. Salvador (BA): 10,11%.