Na última semana, um incidente chocante no leste de Uganda chamou a atenção para a crescente perseguição religiosa na região. Uma jovem muçulmana de 19 anos, Naasike Maliyati, foi queimada com uma chapinha pelo próprio pai após declarar sua conversão ao cristianismo. O caso ocorreu em Nampologoma, no distrito de Butaleja, no dia 21 de julho de 2024.
Maliyati participou de uma cruzada evangelística com uma amiga durante uma visita à sua avó no dia 15 de julho. Durante a cruzada, ela decidiu aceitar Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. “Quando eles chamaram as pessoas para entregar suas vidas a Cristo, eu também fui e orei para receber Jesus Cristo como meu Senhor e Salvador”, contou Maliyati ao Morning Star News.
Perseguição Religiosa em Uganda
Quando retornou para casa, Maliyati compartilhou sua nova fé cristã com sua irmã, que rapidamente contou ao pai delas, Abdulrahim Kutosi, de 44 anos. No domingo seguinte, Maliyati participou de um culto em uma igreja local e, ao retornar, encontrou seu pai e tios furiosos em casa.
“Eles me amarraram, me bateram e, finalmente, meu pai pegou uma chapinha e água quente, me queimou e gritou que eu era uma vergonha para a família”, relembra a jovem, ainda abalada. “Fui queimada por deixar o islamismo e me converter ao cristianismo, enquanto meu pai continuava furiosamente gritando que eu tinha envergonhado a família.”
Qual Foi a Reação da Comunidade Cristã ao Caso de Maliyati?
O caso de Naasike Maliyati não passou despercebido. Muitos cristãos da área, indignados com a ação de Kutosi, condenaram veementemente a atitude do pai. Após o ataque, Maliyati foi deixada ferida perto do Rio Namatala. Nicolas Ndobooli, um cristão que passava pelo local com sua motocicleta, resgatou a jovem.
“Eu vi alguém gritando por ajuda e chamando: ‘Jesus, Jesus, Jesus’. Sendo cristão, decidi parar e corri o risco. Coloquei ela na minha moto e a levei até a clínica”, relatou Ndobooli. Ele ainda contou que pagou cerca de 8 dólares para que Maliyati fosse internada e recebesse o devido tratamento médico.
Liberdade Religiosa em Uganda
Embora a constituição de Uganda e outras leis do país prevejam liberdade religiosa, incluindo o direito de propagar sua fé e se converter de uma religião para outra, os convertidos ao cristianismo frequentemente enfrentam severas consequências. Extremistas islâmicos na região muitas vezes condenam os novos cristãos, sujeitando-os a torturas, ameaças e, em alguns casos, à morte.
- A constituição de Uganda garante a liberdade religiosa.
- Os convertidos ao cristianismo enfrentam perseguição e violência.
- Cresce a solidariedade entre os cristãos locais.
O caso de Naasike Maliyati é apenas o mais recente em uma série de incidentes similares que destacam a vulnerabilidade dos novos convertidos ao cristianismo em Uganda. A comunidade cristã continua a se mobilizar para proteger e apoiar aqueles que, como Maliyati, são perseguidos por sua fé.
Maliyati agora enfrenta não apenas a recuperação física, mas também a luta para encontrar um lugar seguro onde possa viver sua fé sem medo de represálias. Sua história é um lembrete sombriamente vívido da necessidade de continuar defendendo a liberdade religiosa e protegendo os direitos humanos fundamentais no país e em todo o mundo.