O Santo do dia 11/03, celebramos a vida e a santidade de um dos mais notáveis membros da comunhão dos santos: São Constantino. Quem é o santo do dia e qual é a sua história? Neste texto jornalístico, mergulharemos nas páginas da vida e na devoção desse santo ou santa, cujo legado continua a iluminar o caminho da fé para milhões ao redor do mundo. Acompanhe-nos nesta jornada de descoberta e inspiração, enquanto exploramos os feitos e a espiritualidade que tornam São Constantino digno de ser lembrado e celebrado neste dia especial.
São Constantino
Constantino, rei da Cornualha, figura central na história do cristianismo escocês, desempenhou papel crucial na conversão de sua pátria. Inicialmente conhecido por sua conduta injusta e pecaminosa, Constantino trilhou um caminho de redenção que transformou não apenas sua vida, mas também o destino espiritual de sua nação.
Antes de sua conversão, Constantino envolveu-se em sacrilégios e até mesmo assassinatos, levando-o a se distanciar de sua esposa para escapar das consequências de seus atos. A notícia da morte de sua ex-esposa foi o catalisador de uma profunda transformação espiritual. Abdicando do trono em favor de seu filho, Constantino submeteu-se ao batismo e retirou-se para o Mosteiro de São Mócuda, na Irlanda, onde, em silêncio, executou tarefas árduas por sete anos.
Influenciado pelos ensinamentos de Columbano, outro venerado pela Igreja, Constantino foi ordenado sacerdote e dedicou-se à evangelização ao lado do mentor. Suas ações corajosas, herdadas dos tempos de rei, tornaram-se uma luz em meio à obscuridade da Idade Média.
Num cenário em que a Inglaterra e a Irlanda passavam por processos de conversão, Constantino desempenhou papel crucial. Vestindo a humildade do hábito clerical em vez dos mantos reais, lutou pela propagação do cristianismo, fundando conventos, construindo igrejas e colhendo frutos para sua terra, que deixou de ser conhecida como “o país dos Pitti” para adotar o nome de Escócia, outrora parte da Irlanda.
O ápice da jornada de Constantino ocorreu em sua martirização na Escócia, durante uma pregação pública. Atacado brutalmente por um pagão, teve o braço direito amputado, resultando numa hemorragia fatal. Antes de sua partida, abraçou e abençoou seus seguidores, tornando-se o primeiro mártir escocês em 11 de março de 598.
A devoção a Constantino propagou-se rapidamente entre os cristãos anglo-saxões, alcançando toda a Europa e o mundo cristão, tanto ocidental quanto oriental. Sua veneração litúrgica foi estabelecida para o dia de seu martírio, celebrando a jornada de um rei pecador que se tornou um farol espiritual para a Escócia e além.