A Suprema Corte dos Estados Unidos tomou uma decisão significativa ao recusar oficialmente julgar um caso que levantou questões sobre o afastamento de jurados cristãos em um julgamento no Missouri, centrado em um incidente de assédio envolvendo homossexualidade.
O caso, intitulado Missouri Department of Corrections V. Finney, teve início quando Jean Finney, uma mulher lésbica, enfrentou assédio no ambiente de trabalho com base em seu relacionamento com a ex-esposa de um colega. Durante o processo, três potenciais jurados foram excluídos do julgamento devido aos seus “valores cristãos conservadores”.
O advogado de Finney questionou os jurados sobre se frequentavam uma igreja cristã conservadora que ensinava que pessoas homossexuais não deveriam ter os mesmos direitos. Essa pergunta, considerada complicada, foi posteriormente reconhecida pelo Juiz Alito, da Suprema Corte, como uma mistura de dois problemas separados: a crença na conduta homossexual como pecado e a opinião sobre direitos legais para gays e lésbicas.
A resposta dos jurados revelou nuances em suas perspectivas. Enquanto uma jurada, esposa de um pastor, afirmou que a homossexualidade é um pecado, ela enfatizou que todos pecam e que a presença no júri era uma honra para servir ao dever cívico. Outro jurado destacou que o pecado não deveria afetar negativamente o caso.
O afastamento dos jurados
A juíza concedeu o afastamento dos jurados, alegando cautela e garantindo que jurados suficientes permanecessem. O advogado do autor expressou preocupações sobre discriminação religiosa, uma questão sublinhada pelo Juiz Alito em comunicado. Ele afirmou que não via base para afastar um jurado com base em crenças religiosas.
No desfecho, o Juiz Alito votou contra o julgamento do caso devido a uma questão técnica no processo, mantendo uma objeção em vez do afastamento com base religiosa. Essa decisão destaca a recusa da Suprema Corte dos EUA em julgar a denúncia de discriminação religiosa, enfatizando a importância da imparcialidade religiosa no sistema judiciário.