A renomada bioquímica Katalin Karikó, vencedora do Prêmio Nobel e pioneira no desenvolvimento da tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) utilizada nas vacinas Pfizer e Moderna contra a COVID-19, recebeu uma nova honra ao ser nomeada membro da Pontifícia Academia para a Vida da Santa Sé pelo papa Francisco.
Nascida em Szolnok, Hungria, Karikó, não católica, expressou profunda gratidão pela nomeação, destacando que o papa a escolheu após sua palestra no Vaticano sobre biotecnologias emergentes. Ela mencionou que teve a oportunidade de encontrar o papa Francisco em uma audiência privada, onde ele abençoou seus netos.
A Jornada Científica de Karikó
Karikó, agraciada com o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2023, juntamente com Drew Weissman, por suas contribuições às vacinas de mRNA, compartilhou sua jornada científica. Em vídeo, ela falou sobre como, ao buscar a verdade por meio da leitura da Bíblia, jamais imaginou que sua pesquisa seria instrumental na criação de vacinas para combater uma pandemia global, salvando milhões de vidas.
A bioquímica, atualmente professora da Universidade de Szeged, ofereceu palavras de encorajamento, especialmente no Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, incentivando jovens a buscar aspirações científicas para melhorar o mundo ao seu redor.
Entretanto, a nomeação de Karikó para a Pontifícia Academia para a Vida não está isenta de polêmica. Seu trabalho de pesquisa envolve o uso de material genético proveniente de linhagens de células de bebês abortados, o que levanta questionamentos éticos em relação aos princípios pró-vida da academia.
Katalin Karikó é uma figura inspiradora que, além de suas realizações científicas, agora contribui para a reflexão ética na Pontifícia Academia para a Vida, desencadeando um debate sobre os limites éticos na pesquisa biomédica, especialmente quando relacionados a questões pró-vida.