Constelação de Dragão é conhecida desde os gregos: veja como localizar
Conhecida popularmente como Draco, a constelação do Dragão está posicionada no hemisfério norte. Apesar de seu desenho no céu não ser tão óbvio, é relativamente fácil de ser localizada, graças a suas estrelas brilhantes. Esta figura celeste nos acompanha por grande parte do ano, sendo que, nas noites quentes de verão, sua visibilidade é ainda maior.
Este conjunto estelar tem como guias as estrelas das constelações da Ursa Maior e Ursa Menor. Outro referencial é a estrela Vega, da constelação Lira, que brilha intensamente e facilita a identificação das componentes principais, Beta e Gama, que formam a cabeça do Dragão.
A Mitologia por trás da Constelação Dragão
Na esfera da mitologia, Draco é protagonista de diversas histórias. Associada a dragões de diferentes mitos gregos, essa constelação é plural em suas representações. A mais conhecida delas é a lenda que conta sobre o dragão que cumpria o papel de guardião das maçãs de ouro no Jardim das Hespérides, um dos episódios dos 12 trabalhos de Hércules. Outra versão, também grega, é a que relata o Dragão da Cólquida, morto por Jasão para a obtenção do Velo de Ouro.
Há semelhança nas constelações?
Mas não só de mitologia grega se faz a história do Dragão. Na tradição Hindu, a constelação representava um caimão, enquanto para os persas, a figura que se descortinava no céu era um homem a feir uma serpente. A estrela mais brilhante da constelação, Thuban, era considerada a estrela polar na Antiguidade, contudo, a precessão da Terra moveu o polo para Polaris.
Descobrindo Objetos da Constelação Dragão
Dentro dessa constelação, se escondem verdadeiros tesouros do céu profundo. A NGC 4236, por exemplo, é uma galáxia espiral barrada de magnitude 9,6, difícil de se observar com telescópios de pequeno porte. Já a NGC 5866, ou M 102, é uma galáxia em espiral que, a partir do nosso ponto de vista, fica praticamente de lado. Esta galáxia pode ser vislumbrada com telescópios pequenos em céus escuros, embora sua catalogação seja controversa.
A NGC 5907, outra galáxia em espiral, exige telescópios de abertura igual ou superior a 150 mm para ser observada, devido a sua magnitude de 10,4. E a NGC 6543, uma nebulosa planetária de magnitude 8, apresenta uma coloração azul-esverdeada e requer telescópios mais potentes para a apreciação de seu pequeno e difuso disco. A constelação Draco também é palco para uma das chuvas de meteoros mais fortes, denominada Quadrantids, cujo ápice de atividade ocorre por volta do dia 3 de janeiro.