Uma questão teológica que causa bastante controvérsia é a interpretação dos textos bíblicos de Ezequiel 28:12-18 e Isaías 14:12-14, frequentemente citados como descrevendo a história de Lúcifer.
Ambos os textos contém competentes poéticos e proféticos complexos, que geram diferentes entendimentos. No entanto, é inegável que eles nos levantam questões interessantes acerca do caráter e história de Lúcifer.
Quem é Lúcifer?
Diversas interpretações sugerem que Lúcifer era um anjo proeminente, possivelmente o mais belo e poderoso de todos, que, por orgulho e ambição, se corrompeu, desejando ser igual a Deus.
A Bíblia se refere ao maligno por diversos nomes, cada um representando um aspecto diferente de seu caráter e influência, incluindo “o príncipe deste mundo” e “o deus deste século”. Contudo, o título de “Lúcifer” não é mencionado, sendo provavelmente uma tradução do original “estrela da manhã”.
Como Lúcifer se transformou em Satanás?
Em termos cronológicos, Satanás provavelmente se originou algum tempo após a criação do mundo, e antes do episódio do Jardim do Éden. Deus é o criador de tudo que existe, incluindo o anjo que posteriormente virou diabo. Jesus descreve essa transformação em João 8:44, dizendo que Satanás era puro, mas escolheu o caminho da maldade.
A Bíblia descreve pouco sobre a rebelião de Satanás, mas interpretações de Isaías 14:13 e Apocalipse 12:7-9 indicam que ele iniciou uma revolta no céu, querendo ser igual a Deus. Apocalipse 12:4 é geralmente interpretado como a descrição do momento em que um terço dos anjos do céu escolheu seguir Satanás nessa revolta, tornando-se demônios.