Musarrat Bibi, uma cristã viúva do Paquistão, está sendo forçada a enfrentar ameaças graves e risco de vida, mesmo após ter sido inocentada de alegações falsas de blasfêmia em dezembro do ano passado. O caso tem atraído a atenção da comunidade cristã global, enquanto joga luz sobre as dificuldades enfrentadas pelas minorias religiosas no país.
Acusações falsas
A acusação de blasfêmia trouxe problemas além da perda de emprego para Bibi. A viúva e sua filha estão em constante fuga, mudando constantemente de localização para evitar serem encontradas. A Sra. Bibi acredita que a acusação foi feita por uma colega de trabalho, Muneera, que tinha rancor contra ela por ela se recusar a limpar um banheiro dias antes do incidente.
O desafio das acusações de blasfêmia
As acusações de blasfêmia no Paquistão têm sido notoriamente abusadas, usadas frequentemente como táticas de intimidação e perseguição contra minorias religiosas e indivíduos inocentes. Apoiantes de Bibi alertam que tais acusações resultam, na maioria das vezes, em ondas de violência e discriminação.
Luta por justiça
A primeira audiência do julgamento foi adiada várias vezes até que finalmente, em 12 de maio, o juiz Tariq Mahmood decidiu pela absolvição da viúva e do jardineiro. O advogado de defeza, Lazar Allah Rakha, afirmou que os réus não tinham nenhuma intenção deliberada de desrespeitar as páginas do Alcorão.
Os danos de uma acusação
Apesar de ter sido inocentada, a vida de Bibi mudou drasticamente após a acusação. As acusações de blasfêmia trazem consigo um estigma e um risco que dificultam a retomada da normalidade, especialmente em um país de maioria muçulmana como o Paquistão. Acusações infundadas de blasfêmia são comuns e, muitas vezes, usadas para intimidar minorias religiosas e acertar contas pessoais.