Em um pedido endossado pelo Conselho de Segurança da ONU, exige-se o fim imediato da ocupação dos territórios palestinos por Israel. A afirmação foi realizada durante uma reunião do Conselho, onde diversas outras demandas foram expressas, entre elas uma investigação internacional sobre possíveis crimes cometidos em Gaza e a implementação completa de uma resolução da ONU que prevê uma pausa humanitária.
Israel resiste às críticas internacionais
Apesar das pressões internacionais, o governo de Benjamin Netanyahu anunciou que não acatará as críticas e apelos, sinalizando uma tendência de não cumprir a resolução do Conselho de Segurança. Meirav Eilon Shahar, embaixadora israelense, rejeitou as acusações e assertou que Israel lutará contra o Hamas e vencerá.
O embaixador palestino na ONU pede ação
Em meio à troca de acusações e ao clima tenso da reunião, Ibrahim Mohammad Khraishi, embaixador palestino na ONU, instigou os demais governos a agirem, referindo à situação em curso como um “genocídio”. Reagindo à postura do governo de Netanyahu, acusou o mesmo de bater recorde de “mentiras”.
Críticas à proposta de ‘zona segura’ por Israel e apelo por investigação
Volker Turk, o chefe de direitos humanos da ONU, em seu discurso, criticou a proposta israelense para criar “zonas seguras” por considerar tal medida insustentável. Ele defendeu ainda a necessidade de investigações internacionais sobre as graves violações dos direitos humanos ocorridas e apelou para a responsabilização dos perpetradores dessas violações. Descrevendo a situação em Gaza como uma “catástrofe humanitária e de direitos humanos”, Turk insistiu que as violações do direito humanitário não podem ser justificadas por ambos os lados sob circunstâncias quaisquer.
ONU apela pelo fim da ocupação
Finalizando sua intervenção, Turk afirmou que apenas o fim da ocupação de Israel pode abrir caminho para uma solução duradoura para o conflito. Ele reiterou a necessidade de reconhecer os direitos dos palestinos de autodeterminação e estabelecimento de seu próprio estado, ao mesmo tempo em que reconhece o direito de existência de Israel. Insistindo que a liberdade dos israelenses está intrinsecamente ligada à liberdade dos palestinos, Turk concluiu afirmando que “Palestinos e israelenses são a única esperança de paz um do outro”.
Cabe agora aguardar os próximos passos dos governos envolvidos e da comunidade internacional como um todo, esperando que a paz e a justiça prevaleçam nesta região devastada por conflitos prolongados e intensos.