O pastor Dashrath Gupta, do distrito de Uttar Pradesh, na Índia, foi recentemente liberado sob fiança após sua prisão em novembro do ano passado. Segundo informações, Gupta, que é líder de várias igrejas na região de Nautanwa, foi preso baseado em uma queixa feita por uma fiel da igreja que frequentava regularmente os serviços religiosos.
A prisão ocorreu após alegações de que Gupta estaria incentivando a conversão da mulher. De acordo com a Seção 3 da Lei de Liberdade de Religião de Uttar Pradesh, qualquer tentativa de conversão de uma pessoa de uma religião para outra por meio de representação falsa, força, influência indevida, coerção, aliciamento ou meios fraudulentos é proibida.
Negação de alegações e esclarecimentos
Após a sua soltura, Gupta negou veementemente todas as alegações de conversão fraudulenta. Em uma entrevista ao portal Christian Today, o pastor afirmou que a mulher em questão foi coagida pelo marido a assinar a queixa contra ele.
Segundo Gupta, a mulher havia se unido à igreja há um ano em busca de orações para seu marido e frequentava regularmente os serviços da igreja. No entanto, quando o marido descobriu sobre a frequência dela à igreja, ameaçou abandoná-la caso ela não concordasse em assinar documentos alegando que Gupta a atraiu para se juntar à igreja.
Expansão da fé cristã e resistência
Além de ser um convertido ao cristianismo, Gupta fundou uma igreja dois anos atrás e expandiu o evangelho para mais seis igrejas. No entanto, seu trabalho não foi isento de resistência. O pastor enfrentou oposição em todas as aldeias em que dirigia os cultos.
Após sua detenção, os moradores da aldeia de Barwa Khurd ameaçaram Gupta com sérias consequências se ele continuasse a realizar seus cultos, levando ao fechamento de sua igreja e outras seis nas aldeias próximas. Apesar dos obstáculos e da detenção, Gupta permanece positivo e firme em sua fé, declarando estar pronto para morrer por Cristo.
Enquanto isso, sua família expressou preocupação com o sustento da casa. Gupta e sua esposa têm seis filhos, com idades entre 10 e 22 anos. Estes recentes acontecimentos levantam questões sobre a liberdade de religião na Índia e como ela se confronta com a diversidade religiosa do país.