Cristãos na China, permanentemente confrontados com perseguições distintas sob o governo do Partido Comunista Chinês (PCC), têm encontrado refúgio em igrejas clandestinas. Com o Estado proibindo rigorosamente qualquer igreja que não pertença ao “Movimento Patriótico das Três Autonomias”, controlado pelo PCC, adeptos precisaram manter sua fé em segredo. Segundo a ChinaAid, a perseguição do PCC a esses cristãos clandestinos tem intensificado a cada dia que passa. Diante deste cenário, as atividades de missionários estrangeiros tornaram-se um desafio, já que o PCC rotula essas atividades como “influência ocidental”. De fato, a nova Lei Antiespionagem na China, implementada em julho, classificou as “atividades religiosas ilegais” como espionagem, com cidadãos estrangeiros correndo o risco de enfrentar longas penas de prisão caso se enquadrem na lei.
O Cristianismo sob o regime de Xi Jinping
Sob o comando de Xi Jinping, o PCC implementou uma repressão inédita contra os cristãos. A ChinaAid demonstrou preocupação quando o PCC começou a exigir, das igrejas sancionadas pelo Estado, a demonstração de lealdade a Jinping. Enquanto isso, a situação para as “igrejas domésticas” agravou-se ainda mais.
Restrições incluem limites para locais de culto e exibição de símbolos religiosos
A partir de setembro, reuniões religiosas e eventos serão permitidos apenas em espaços designados oficialmente, e a exibição de símbolos religiosos será confinada a ambientes internos. A Administração Estatal para Assuntos Religiosos, com suas novas imposições, dificulta significativamente os procedimentos para o estabelecimento e registro de locais de culto e impõe regras rígidas de administração e gestão de pessoal.
Implementação de controle partidário nas instituições religiosas
O novo conjunto de regulamentos exige a presença de supervisores do governo em lugares de culto e procura alinhar a administração interna desses locais com a ideologia comunista. Em termos práticos, isto significa que os líderes das igrejas devem ser partidários do Partido Comunista da China (PCC).
“Avaliações de desempenho” e monitoramento por aplicativo
Para garantir a conformidade com essas novas medidas, o regime ditatorial implementou um sistema de “avaliações de desempenho” das lideranças religiosas, que serão monitoradas pelo governo. Os cultos devem refletir a situação política do país e os valores fundamentais defendidos pelo ditador Xi Jinping, em vez das doutrinas únicas das próprias religiões. Complementando a repressão, o Partido Comunista Chinês lançou o aplicativo “Smart Religion” para monitorar encontros em igrejas na província de Helan.
Impacto sobre a liberdade religiosa
Os defensores dos direitos humanos acreditam que essas novas medidas impõem restrições inéditas à liberdade de culto na China e expressaram preocupações sobre a contínua erosão da liberdade religiosa no país. As novas regras surgem em um momento de crescente pressão sobre grupos religiosos na China, que enfrentam repressões generalizadas e persistentes do governo.