Nos dias recentes, o Papa Francisco demonstrou novamente ao término da Audiência Geral, sua angústia diante dos conflitos mundiais, afirmando categoricamente que “são sempre uma derrota”. Além disso, deu especial atenção para as crianças vítimas de guerra e expressou a sua solidariedade às vítimas de desastres naturais como o terremoto na China e a explosão na Guiné.
Vigilante às questões globais, o Santo Padre tem a capacidade de enxergar além do seu entorno imediato. Devido à sua posição, ele tem responsabilidade moral de cuidar de todo o rebanho católico ao redor do mundo, o que inclui todos os atingidos direta ou indiretamente pelos conflitos mundiais e pelos desastres naturais. Há algo na sua forma de manifestar sua preocupação que sugere um profundo sentimento de empatia para com todos atingidos por essas tragédias, independente de sua fé ou nacionalidade.
A derrota em forma de guerra
O Papa, com a preocupação que lhe é característica, faz menção àqueles que realmente se beneficiam desses conflitos: os fabricantes de armas. Ao comentar sobre a Palestina, Israel, e a Ucrânia, ele evidencia que a guerra tem um poder devastador para perspectivas futuras, reiterando que “as guerras são sempre uma derrota.”
O que podemos fazer pela paz?
Diante do presépio, no período do Natal, o Papa convida seus fiéis a orar. E pediu que as preces se voltem para a paz mundial, argumentando que Jesus é o príncipe da paz. Em suas palavras, “Peçamos a Jesus pela paz”. No coração dessa mensagem de natal está a necessidade premente de paz no mundo.
Francisco também encoraja os cristãos a refletirem sobre o terremoto recente na China, que resultou em aproximadamente 200 mortes e perto de 500 feridos, e à explosão em Conacri, na Guiné, que vitimou 8 pessoas e deixou aproximadas 84 feridas. “Deus os ampare e eu lhes dê esperança”, disse o Papa, mostrando o seu apoio às famílias enlutadas e feridas por essas tragédias.No final de seu discurso, o pontífice dirigiu-se à associação social Mediterranea Saving Humans, elogiando o trabalho de resgate de migrantes no mar realizado pelo grupo. Essas palavras ressoam com a visão de mundo do Papa, que coloca a necessidade de compaixão, empatia e ação humanitária no centro de sua mensagem.