O Santo do dia 12/02, celebramos a vida e a santidade de um dos mais notáveis membros da comunhão dos santos: São Saturnino. Quem é o santo do dia e qual é a sua história? Neste texto jornalístico, mergulharemos nas páginas da vida e na devoção desse santo ou santa, cujo legado continua a iluminar o caminho da fé para milhões ao redor do mundo. Acompanhe-nos nesta jornada de descoberta e inspiração, enquanto exploramos os feitos e a espiritualidade que tornam São Saturnino digno de ser lembrado e celebrado neste dia especial.
São Saturnino
O século III foi marcado por um ato de bravura e fé inabalável que entrou para a história da Igreja Católica nos tempos primitivos. Essa bravura foi exemplificada no sacerdote Saturnino e seu grupo de 48 cristãos, que resistiram corajosamente à proibição imperial de praticar sua fé no domingo, tornando-se mártires em nome de sua convicção religiosa.
Esse grupo de devotos, em seu encontro clandestino na cidade de Abitina, na África setentrional, foi descoberto e consequentemente coletado para julgamento na cidade vizinha de Cartago. Durante todo o trajeto para o julgamento, eles mantiveram-se inabaláveis, entoando hinos e cânticos de louvor a Deus, mesmo frente ao medo e à possibilidade de serem executados.
Quem foi o sacerdote Saturnino?
Saturnino não era só o líder do grupo, mas também uma potência de persuasão. Lutando para proteger sua fé e seu rebanho, Saturnino foi submetido aos mais bárbaros tormentos. Estirado em um cavalete, teve suas articulações deslocadas e a pele arrancada por ganchos de ferro. Mesmo diante de tamanha dor, clamava por Jesus Cristo, sua fé se desdobrando em súplicas e invocações fervorosas que marcaram seus últimos momentos antes de sucumbir aos martírios.
Por que a história de Saturnino e seus companheiros merece ser lembrada?
Como Saturnino, muitos do seu rebanho seguiram seu exemplo, resistindo bravamente as mais intensas formas de tortura. Dentre eles, estava o senador Dativo, um ancião que mesmo frente aos algozes, se declarou cristão e implorou por auxílio divino. Outro exemplo de coragem foi o do leitor Emérito, que defendeu a santificação do domingo e suportou o martírio com a mesma convicção dos demais. E mesmo um menino, Hilariano, desafiou as promessas e ameaças do juiz ao insistir em sua fé cristã.
A lealdade incondicional dos cristãos a Deus e a coragem demonstrada na defesa de sua fé são poderosas lições deixadas por esses mártires. São Saturnino e os 48 mártires de Abitina desafiaram um império e deram suas vidas para defender o direito de praticar sua fé. Seu sacrifício é um lembrete sombrio, mas sagrado, da força e firmeza da convicção religiosa. É um testemunho da resiliência do espírito humano em face da perseguição e um alerta sobre a importância de preserver a liberdade de crença e religião.