Sete cristãos foram assassinados em uma série de ataques brutais que ocorreram em duas aldeias no estado de Plateau, na Nigéria. Os residentes locais têm os extremistas Fulanis e outros grupos terroristas como autores do evento cruel e violento.
Os incidentes violentos ocorreram nas aldeias de Puka e Dinter, ao redor da 1h da manhã na quinta-feira (30). Yohanna Markus de Puka, um residente local, relatou que “pastores Fulani, juntamente com um grupo de bandidos, atacaram duas de nossas aldeias, onde mataram sete de nossos aldeões cristãos”.
Dias antes do ataque
Segundo informações da Morning Star News, na véspera do ataque, um pastor juntamente com outros dois cristãos foram sequestrados na aldeia cristã de Raddi, no condado de Bassa. “Os cristãos sequestrados pelos terroristas são o Pastor Bala, 50 anos; Keziya Ayuba, 50 anos; e Sunday Ayuba, 40 anos”, relata um morador local.
Os três cristãos foram resgatados na mesma noite no estado vizinho de Bauchi, após uma tentativa frustrada de sequestro no condado de Toro.
A Nigéria lidera a perseguição religiosa?
Alfred Alabo, porta-voz do Comando de Polícia do Estado de Plateau, afirmou que a polícia enviou forças para as áreas afetadas pelos ataques. No entanto, os dados do relatório do World Watch List (WWL) de 2023, publicado pela Open Doors, colocam a Nigéria como o país líder em mortes de cristãos devido à sua fé em 2022, com 5.014 vítimas.
Além disso, a Nigéria também lidera os números mundiais de sequestros de cristãos (4.726), de assédio sexual ou agressões, de casamentos forçados e de abusos físico ou mental, além de ter o maior número de casas e empresas atacadas por razões religiosas. Surpreendentemente, como no ano anterior, a Nigéria teve o segundo maior número de ataques a igrejas e pessoas deslocadas internamente.
Quais grupos estão por trás dos ataques?
Segundo o relatório do WWL, os militantes dos Fulani, Boko Haram, a Província do Estado Islâmico da África Ocidental (ISWAP) e outros estão realizando ataques continuamente a comunidades cristãs, “matando, mutilando, estuprando e sequestrando para resgate ou escravidão sexual”. A violência se estendeu ainda neste ano para o sul do país, de maioria cristã. O governo da Nigéria, porém, nega veementemente que estas ações sejam perseguição religiosa.
A situação na Nigéria é cada vez mais alarmante e clama por atenção mundial. A liberdade de fé é um direito de todos e ninguém deve ser prejudicado ou perder a vida por professar a sua.
Aos cristãos na Nigéria e a todas as pessoas no mundo que sofrem por sua fé, esperamos que a paz e a tolerância prevaleçam. Que a humanidade prevaleça sobre o ódio e que, em breve, testemunhemos um fim para esses atos violentos.