A aljava tem uma rica história e uma importantíssima função, especialmente na época medieval. Este é um acessório que não poderia faltar no arsenal de qualquer arqueiro que se preze. Mas afinal, o que é exatamente uma aljava?
Proveniente do árabe al-dja Ḥ’ aba, a palavra aljava remete para uma bolsa ou estojo usado para guardar as flechas. Ela é normalmente carregada nas costas ou pendurada no ombro por uma alça. Esse acessório era e ainda é crucial para os arqueiros, porque permite transportar mais flechas e, consequentemente, realizar mais disparos antes de ter que reabastecer.
Aljava na Bíblia
A alusão simbólica da “aljava” alcança o apogeu em um dos livros mais lidos do mundo: a Bíblia. Você pode encontrar referências a essa palavra em Salmos 127, versículos 4 e 5, que cita:
“4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.
5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.” (Salmos 127, 4-5)
O significado de aljava nos Salmos
Este versículo bíblico, que li frequentemente durante as cerimônias de casamentos religiosos, deixou uma impressão indelével em mim. O Salmo 127 é muitas vezes proferido como um conselho e um convite aos recém-casados para confiar em Deus – a fonte suprema de providência. Quando o homem depende exclusivamente de seu trabalho duro, com frequência, encontra o caminho para o fracasso.
Aljava, uma metáfora poderosa
Deus é o provedor divino que oferece subsistência e também abençoa com descendentes, a verdadeira dádiva da vida. Assim, quando o salmista refere-se aos filhos como flechas na aljava de um valente, cria uma metáfora poderosa. Não apenas infere que os filhos são um escudo de proteção, mas também enuncia que eles são fonte de alegria e realização.
Portanto, por mais que “aljava” possa parecer uma palavra arcaica, o significado intrínseco que carrega é incrivelmente relevante, até mesmo em nossos tempos modernos. Encapsula a mensagem da importância dos filhos em nossas vidas e nos instiga a confiar na providência divina, uma verdade universal que transcende a barreira do tempo.