A Santa do dia 18/01, celebramos a vida e a santidade de um dos mais notáveis membros da comunhão dos santos: Margarida da Hungria. Quem é o santo do dia e qual é a sua história? Neste texto jornalístico, mergulharemos nas páginas da vida e na devoção desse santo ou santa, cujo legado continua a iluminar o caminho da fé para milhões ao redor do mundo. Acompanhe-nos nesta jornada de descoberta e inspiração, enquanto exploramos os feitos e a espiritualidade que tornam Margarida da Hungria digna de ser lembrado e celebrado neste dia especial.
A ondeada história da princesa que se tornou freira, Santa Margarida da Hungria, sempre causa fascínio. Nascida em uma fortaleza na Croácia em 27 de janeiro de 1242, filha do rei Bela IV da Hungria e Maria Lascarina, Margarida teve uma vida notavelmente curta, mas intensamente devotada à fé e à vida religiosa.
Durante a sua breve vida de 28 anos (morreu em 18 de janeiro de 1271), Margarida passou a maior parte do seu tempo em clausura no convento dominicano de Veszprém, onde entrou aos quatro anos de idade. Sua entrada prematura no convento foi resultado de uma promessa feita por seus pais; para que seu país fosse livre, prometeram consagrar a vida da filha à religião.
Quem foi Santa Margarida da Hungria?
Margarida da Hungria era uma figura de sacrifício e devoção no cenário histórico húngaro. Ela era a oitava e mais nova filha do casal real, que na época vivia no exílio, na Croácia, devido às invasões mongóis (1241–1242).
Seis anos depois de entrar para o convento, Margarida mudou-se para outro convento fundado por seus pais no rio Danúbio, localizado em Nyulak szigete, perto de Buda, que hoje leva o nome de Ilha Margarida em sua homenagem. Aqui, ela viveu uma vida de extrema devoção religiosa, recusando até mesmo as propostas de seu pai para que se casasse com o rei Otacar II da Boêmia.
A infância da futura santa
Não demorou muito e, com apenas três anos de idade, a jovem princesa já caminhava para um destino grandioso. Margarida foi confiada às religiosas dominicanas de Veszprém de manhã cedo e iniciou sua trajetória religiosa. Quando chegou aos doze anos, a futura santa foi morar em um novo mosteiro contruído por seu pai, uma ilha situada no Danúbio, próximo a Budapeste, onde fez sua profissão pelas mãos de frei Humberto de Romans.
Uma vida dedicada ao serviço e à piedade
Margarida da Hungria mostrava-se consciente de sua missão extraordinária. Ela seguiu o caminho da perfeição com fervor heroico e extremo zelo pela paz. Ao mesclar a ascese conventual – marcada pelo silêncio, pela solidão, pela oração e pela penitência – com seu ardoroso zelo pela paz, Margarida construiu uma reputação de grande valorização da justiça. Sempre solícita e cordial, a jovem servia com alegria suas companheiras nos mais humildes serviços.
Seu amor ao Espírito Santo, a Jesus crucificado, à Eucaristia e à Virgem Maria se destacavam em sua vida de piedade. Infelizmente, Margarida da Hungria faleceu aos 28 anos no mosteiro, em 18 de janeiro de 1270.
Do culto à canonização
Após seu falecimento, em 1526, seu corpo foi sepultado no mesmo mosteiro em que viveu durante grande parte de sua vida. Após uma série de eventos e transferências, suas relíquias foram finalmente abrigadas na igreja das clarissas de Bratislava, em 1618. Infelizmente, com a extinção do mosteiro em 1782, as relíquias de Margarida desapareceram.
Em 19 de novembro de 1943, o Papa Pio XII reconheceu Margarida da Hungria como santa, chamando-a de mediadora “de tranquilidade e de paz fundadas na justiça e na caridade em Cristo, não apenas para sua pátria, mas para todo o mundo”. Essa data marca um momento importante para a comunidade cristã, que passou a ter mais uma santa para venerar e buscar inspiração.