Uma nova descoberta arqueológica esclarece o mistério da primeira pandemia registrada na história: a Peste de Justiniano. Pesquisadores, em 2023, confirmaram a presença da bactéria Yersinia pestis, causadora da doença, em restos genéticos encontrados em Jerash, na Jordânia. Essa revelação encerra um enigma histórico de 1.500 anos, ao vincular a bactéria à pandemia que devastou o Mediterrâneo Oriental entre 541 e 750 d.C., resultando em milhões de mortes e alterando profundamente a sociedade bizantina.
O impacto devastador da Peste de Justiniano
A Peste de Justiniano, iniciada em 541 d.C., espalhou-se rapidamente no Império Bizantino, atingindo duramente a capital, Constantinopla. Na ocasião, milhares perderam a vida em poucos meses, influenciando a estrutura política e econômica do império. Historiadores consideram o surto um fator crucial no enfraquecimento do império.
Confirmando o agente causador
A presença da Yersinia pestis no centro do Império Bizantino nunca havia sido confirmada até agora. A análise genética de dentes humanos em Jerash trouxe evidências inequívocas da bactéria como agente da pandemia. Essas descobertas preenchem lacunas significativas na história das pandemias, ilustrando como desastres de saúde pública moldaram civilizações.
Legado e lições para o futuro
Além de confirmar a primeira pandemia registrada, o estudo sobre a Peste de Justiniano destaca o poder destrutivo das doenças infecciosas. A Y. pestis, embora rara atualmente, ainda existe, lembrando-nos que ameaças pandêmicas persistem. Essa história reforça a importância de estar preparado para combater futuras pandemias.
A confirmação desse episódio histórico veio em artigos publicados em julho e agosto de 2023. Pesquisadores da Universidade do Sul da Flórida e da Universidade Atlântica da Flórida, em parceria com cientistas da Índia e Austrália, lideraram essas descobertas. Estudos futuros deverão focar na análise das pandemias antigas e suas implicações no mundo atual.