O programa Bolsa Família, essencial para muitas famílias brasileiras, passou por transformações significativas em 2025. A partir de junho, novas regras serão implementadas, alterando tanto o tempo de recebimento quanto o valor do benefício para famílias que tiveram um aumento na renda.
Essas mudanças fazem parte de um esforço governamental para garantir que os recursos sejam distribuídos de maneira mais eficaz e cheguem a quem realmente precisa.
Com as novas diretrizes, muitas famílias podem perceber uma diferença no valor que recebem mensalmente. Algumas continuarão a receber o benefício por um período mais curto, enquanto outras poderão ser excluídas do programa se não atenderem aos novos critérios estabelecidos.
Como as novas regras afetam o tempo de permanência
O governo reduziu o tempo que uma família pode continuar recebendo metade do benefício após um aumento na renda per capita acima de R$ 218. Anteriormente, esse período poderia durar até dois anos, mas agora, em algumas situações, não passa de dois meses. As novas regras se aplicam de maneira diferente a três grupos específicos de beneficiários.
O primeiro grupo inclui famílias que já estavam sob a Regra de Proteção até junho de 2025, que não terão mudanças no tempo de permanência e mantêm o limite de renda de até R$ 759 por pessoa.
O segundo grupo é composto por famílias que, a partir de julho, tiveram aumento de renda fixo, como aposentadoria ou pensão, podendo receber metade do valor por até dois meses, com um teto de R$ 706 por integrante.
O terceiro grupo abrange famílias que aumentam a renda através de trabalho temporário ou informal, podendo receber metade do benefício por até 12 meses, desde que a renda não ultrapasse R$ 706 por pessoa.
Ferramentas utilizadas para implementar as novas regras
Para aplicar as novas regras, o governo está adotando ferramentas mais modernas. A partir de setembro, o Cadastro Único será integrado ao sistema eletrônico da assistência social, permitindo que técnicos acessem dados em tempo real e acompanhem melhor cada caso.
Esse cruzamento de informações visa acelerar a detecção de dados desatualizados ou falsos, como registros de famílias unipessoais, que aumentaram de forma suspeita em alguns municípios.