Novo presidente do INSS revela como cidadãos vão receber indenização
O novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, está se preparando para uma reunião crucial com o Advogado-Geral da União, Jorge Messias. O encontro, marcado para esta sexta-feira, tem como objetivo definir estratégias para ressarcir aposentados e pensionistas que foram vítimas de um esquema de fraudes. A reunião ocorre na sede da Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília.
Além dos representantes do INSS e da AGU, a reunião contará com a presença de servidores da Dataprev, empresa responsável por tecnologia e informações da Previdência. Este encontro é um passo importante na resposta do governo às fraudes reveladas recentemente, que causaram prejuízos significativos aos beneficiários do INSS.
Como funcionava o esquema de fraudes
Uma investigação da Polícia Federal revelou um esquema de fraudes envolvendo associações que ofereciam serviços a aposentados. Essas associações cadastravam beneficiários sem autorização, utilizando assinaturas falsas para descontar mensalidades diretamente dos benefícios pagos pelo INSS. Estima-se que o prejuízo causado por essas ações fraudulentas possa chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
O esquema era sofisticado e envolvia o cadastro não autorizado de aposentados e pensionistas, que muitas vezes desconheciam sua associação a essas entidades. As mensalidades eram descontadas diretamente na folha de pagamento, sem o consentimento dos beneficiários, gerando um impacto financeiro significativo para muitos idosos.
Medidas sendo tomadas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em pronunciamento, destacou a importância de processar as associações envolvidas e garantir o ressarcimento das pessoas lesadas. Ele deu carta branca ao novo presidente do INSS para implementar as mudanças necessárias no órgão, visando fortalecer a proteção dos beneficiários contra fraudes futuras.
Além disso, a demissão do antigo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e o afastamento de servidores envolvidos no esquema são medidas que visam restaurar a confiança no sistema previdenciário.
A operação policial resultou na prisão de seis suspeitos ligados às entidades investigadas, incluindo Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como o lobista que articulava os repasses fraudulentos.