Na língua portuguesa, expressar gratidão é um gesto de cortesia que pode ser feito de várias maneiras. Quando alguém diz “obrigado”, as respostas mais comuns incluem “de nada”, “não há de quê” e, frequentemente, “eu que agradeço” ou “eu quem agradeço”. Ambas as formas são corretas, mas há nuances gramaticais que podem influenciar a escolha entre uma e outra.
Os pronomes “que” e “quem” desempenham papéis importantes na construção dessas frases. Eles são usados como partículas de realce, conferindo ênfase à expressão de gratidão. No entanto, para compreender melhor como usá-los, é essencial entender suas funções como pronomes relativos.
Papel dos pronomes relativos “que” e “quem”
Os pronomes relativos “que” e “quem” são usados para retomar substantivos mencionados anteriormente em uma frase. No caso do pronome “que”, a concordância verbal é feita com base no sujeito que precede o pronome. Por exemplo, em “Sou eu que agradeço o auxílio”, o verbo “agradeço” concorda com “eu”.
Por outro lado, o pronome “quem” oferece duas possibilidades de concordância. O verbo pode concordar com o sujeito antecedente, como em “Sou eu quem agradeço o auxílio”, ou pode permanecer na terceira pessoa do singular, como em “Sou eu quem agradece o auxílio”. Ambas as formas são gramaticalmente corretas, mas a escolha pode depender do contexto ou da preferência pessoal.
Quando usar “eu que agradeço” ou “eu quem agradeço”?
A escolha entre “eu que agradeço” e “eu quem agradeço” pode ser influenciada por fatores como formalidade e clareza. Em contextos formais, a preferência por uma concordância mais tradicional pode levar ao uso de “eu que agradeço”. Já em situações informais, a flexibilidade do uso de “quem” pode ser mais comum.
Além disso, a escolha pode depender do estilo pessoal de comunicação. Algumas pessoas podem preferir a simplicidade e a clareza de “eu que agradeço”, enquanto outras podem optar pela ênfase que “eu quem agradeço” proporciona.