O Imposto de Renda é uma obrigação anual para muitos brasileiros, e a restituição é um momento aguardado por aqueles que têm valores a receber. Um dos fatores que pode influenciar o valor final da restituição é a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira.
Após o prazo de entrega da declaração, a Receita Federal corrige as restituições não pagas pela Selic acumulada, além de um acréscimo de 1% no mês do depósito.
Esse ajuste pode ser vantajoso para quem pode esperar, pois o valor corrigido não sofre tributação adicional. Contudo, é importante ponderar se vale a pena aguardar para receber a restituição nos últimos lotes ou se é mais vantajoso antecipar o recebimento para quitar dívidas ou investir.
Vale a pena esperar pela correção da Selic?
A decisão de esperar pela correção da Selic na restituição do Imposto de Renda depende de diversos fatores, incluindo a situação financeira pessoal de cada contribuinte. Para aqueles que não têm pressa em receber o valor, a correção pode representar um ganho extra.
Por exemplo, uma restituição de R$ 2.000 pode render cerca de R$ 90 a mais em quatro meses, considerando a Selic atual.
No entanto, para quem possui dívidas, antecipar o recebimento pode ser mais vantajoso. Com o dinheiro em mãos, é possível negociar dívidas, complementar valores guardados ou até mesmo quitar pendências financeiras, o que pode representar um alívio significativo no orçamento.
Investir a restituição
Para aqueles que optam por receber a restituição o quanto antes, investir o valor pode ser uma estratégia interessante. Existem diversas opções de investimento que podem oferecer retornos superiores à correção pela Selic. Títulos como o Tesouro IPCA+ e o Tesouro Prefixado são exemplos de investimentos de renda fixa que podem proporcionar rentabilidades atrativas.
Além disso, aplicações como Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) também são alternativas a serem consideradas. Para diversificação e proteção, fundos multimercados, ETFs e investimentos atrelados ao dólar podem ser opções viáveis.