O clima de tensão e medo na região de Gaza tomou proporções ainda maiores neste sábado (7), quando o grupo terrorista Hamas deflagrou ataques contra Israel. Como resposta, Israel direcionou seus mísseis para locais estratégicos do Hamas em Gaza, agravamento a já delicada situação no Oriente Médio.
Em meio ao intenso conflito entre palestinos e israelenses, um grupo de quase 800 cristãos palestinos residentes em Gaza vive situações de desespero e insegurança. Eles tornaram-se figuras latentes na corrida pela sobrevivência nesse embate que tem marcado a história recente da região.
Cristãos no coração do conflito
Segundo a ONG Portas Abertas, associada à ajuda de cristãos perseguidos ao redor do mundo, até o presente momento, nenhuma fatalidade foi registrada entre os cristãos moradores da cidade palestina. No entanto, um anônimo decidiu revelar a própria vivência, expressando o medo e incerteza plantados pela guerra.
Um relato de desespero
“Minha família e eu vivemos dias de medo constante e intensa ansiedade devido aos constantes bombardeios. É como se vivêssemos um constante terremoto, tentamos abraçar nossas crianças e acalmar o pavor que sentem, mas muitas vezes é impossível devido à intensidade dos mísseis”, contou o cristão anônimo.
O caos diário em Gaza
Ele expôs, ainda, o panorama devastador que tomou conta de Gaza: “Não conseguimos imaginar o que está por vir. Todos nós vemos, ouvimos e sentimos a guerra. Explosões e destruições por toda a parte, os gritos arrepiantes das crianças assustadas com o desmedido bombardeio. Há um pavor latente do futuro, a sensação de que não haverá lugar seguro em Gaza”, afirmou.
O homem concluiu seu depoimento explicitando o sentimento de abandono e desumanização: “A sensação é de que, por um instante, os céus se fecharam para essa cidade pobre e desprovida de tudo, exceto sangue, que é o preço que estamos pagando para continuar vivendo. Em Gaza, o horizonte é sombrio”.
A guerra instaurada pelo Hamas já registrou o saldo trágico de 800 mortos e cerca de 2,5 mil feridos em Israel. Na região de Gaza, o Ministério da Saúde do local aponta que aproximadamente 2,7 mil indivíduos foram feridos desde o início da contraofensiva israelense.