Ninguém sabia, mas espelhos de loja te fazem parecer mais magra; entenda

Em meio ao universo das compras, o ambiente das lojas desempenha um papel importante no processo de decisão dos consumidores. 

Especialmente no setor de moda, os provadores são locais onde a percepção da beleza pode ser sutilmente manipulada através de artifícios como espelhos que alteram a percepção corporal e iluminação cuidadosamente planejada. 

Esses elementos, amplamente utilizados por lojistas, têm suscitado debates sobre ética e confiança na relação cliente-vendedor.

O uso de espelhos que criam uma ilusão de ótica, fazendo com que o cliente se veja mais magro, é uma tática reconhecida. Enquanto para alguns consumidores esse truque pode ser apenas um incentivo para a compra, para outros representa uma quebra de confiança, já que nem sempre a peça de roupa parece tão atraente em casa quanto parecia na loja. 

Ética e a relação com o consumidor

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) denuncia essas práticas como antiéticas, apontando que a ilusão deliberada é uma forma de desrespeito ao consumidor. 

A base legal para essa crítica se apoia no Código de Defesa do Consumidor (CDC), que enfatiza a importância da boa-fé nas relações comerciais. Se um lojista utiliza esses artifícios de maneira que prejudique a compreensão do consumidor sobre o produto, o ato pode ser questionado legalmente.

Algumas dessas práticas, como a manipulação das medidas dos manequins para favorecer a sensação de satisfação do cliente, também geram polêmica. Algumas lojas utilizam números de tamanhos que diferem do usual, criando uma falsa impressão de que o cliente é magro. Essa tática, embora não seja ilegal, é criticada por especialistas por faltar com a transparência.

Por que a iluminação é justificada?

Apesar das críticas em relação aos espelhos, a confecção de um ambiente agradável com uma iluminação eficaz é uma estratégia de venda geralmente aceita e defendida por muitos lojistas. 

Ela tem como objetivo realçar as peças e criar um ambiente que seja compatível com a marca. Teoricamente, a iluminação não ilude, mas complementa a apresentação dos produtos de forma mais favorável.

Como a padronização de tamanhos impacta as vendas?

A falta de padronização dos tamanhos de roupas no Brasil é outro ponto que contribui para a confusão do consumidor e que precisa de atenção. Essa ausência de uniformidade nos tamanhos dos manequins acaba sendo uma experiência frustrante para muitos, especialmente com a ascensão das compras online, onde provar as roupas não é uma opção prática.

Soluções estão sendo discutidas, e a ideia de padronização dos tamanhos está ganhando força. Instituições como o Senai estão envolvidas na criação de diretrizes para tamanhos femininos, abrindo caminho para uma melhor adequação do mercado às necessidades reais dos consumidores. 

Essas mudanças não apenas beneficiarão os consumidores, mas também os lojistas que, ao priorizarem a honestidade e a clareza, poderão construir relacionamentos duradouros com seus clientes e destacar-se num mercado competitivo.

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