Horário de verão recusado: saiba como salvar sua conta de luz

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que o país não voltará a adotar o horário de verão nos últimos meses do ano. 

A decisão surge após intensos debates e análises sobre as condições energéticas do país, chegando à conclusão de que a medida não traria benefícios significativos no momento.

Contexto da decisão

O debate sobre a potencial implementação do horário de verão ocorreu após uma recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. 

Em setembro, o Brasil viveu a pior estiagem em mais de meio século, gerando preocupações sobre a segurança operacional das usinas hidrelétricas. No entanto, o Ministério de Minas e Energia assegurou que, apesar dos desafios, não há risco de desabastecimento energético até o final do semestre.

Análise da economia energética

A decisão de não implementar o horário de verão também considerou o ciclo de economia energética normalmente gerado por essa prática. 

Conforme explicou Silveira, os maiores ganhos do horário de verão ocorrem durante os meses de outubro a meados de dezembro. Sendo assim, qualquer implementação posterior traria benefícios limitados.

O impacto do verão no consumo de energia elétrica

No Brasil, o verão é sinônimo de calor intenso e aumento no uso de aparelhos eletrodomésticos. Este cenário reflete diretamente na conta de energia elétrica das famílias brasileiras.

Com temperaturas elevadas, a demanda por resfriamento e conforto térmico cresce, levando ao aumento do consumo de energia. 

Entender como cada aparelho contribui para o consumo de eletricidade pode ajudar a planejar e a economizar ao longo dos meses mais quentes do ano.

Consumo de energia do ar-condicionado

De acordo com informações da Enel SP, um aparelho de 15.000 BTU’s que opera por oito horas diárias pode gerar um consumo de cerca de 194 kWh ao mês. Isso se traduz em um aumento considerável de mais de R$ 180 na conta de energia.

É recomendado ajustar a temperatura do ar-condicionado para 24°C ou superior, já que cada grau abaixo dessa faixa pode representar um aumento de até 8% no consumo de energia. Adicionalmente, garantir que o ambiente esteja bem vedado, com janelas e cortinas fechadas, pode auxiliar na eficiência do resfriamento sem sobrecarregar o dispositivo.

Eficiência energética na utilização da geladeira

A geladeira, presente na maioria dos lares brasileiros, opera 24 horas por dia e é responsável por cerca de 30% do consumo de energia elétrica doméstica. 

Para evitar que seu uso se transforme em um aumento exacerbado na conta de luz, é crucial otimizar seu funcionamento. Isso pode ser feito evitando abrir a porta com frequência e realizando manutenção das vedações de borracha para assegurar a vedação adequada.

Para otimizar ainda mais, a instalação deve garantir pelo menos 10 cm de distância da parede e evitar proximidade com fontes de calor, como fogões. É aconselhável evitar o uso da parte traseira da geladeira para secar roupas, prática que pode comprometer a eficiência do aparelho.

Redução do consumo com o chuveiro elétrico

O chuveiro elétrico representa outra grande parcela do consumo energético doméstico. No entanto, o uso racional desse equipamento durante o verão pode proporcionar economias significativas, chegando a até 30% de redução no consumo. 

A dica é utilizar o chuveiro no modo Verão, ou até mesmo desligá-lo quando as temperaturas mais amenas permitirem.

Práticas adicionais para economia de energia

Outras práticas para reduzir o consumo incluem a utilização de lâmpadas LED, que são mais eficientes, e o desligamento de aparelhos eletrônicos que não estejam em uso. 

Na aquisição de novos eletrodomésticos, verificar o Selo Procel garante eficiência, com classificações que variam de A (mais eficiente) a G (menos eficiente).

O acúmulo de roupas para lavar ou passar em uma única vez e desligar os aparelhos de TV quando não estiverem em uso são estratégias que contribuem para a economia.

Em suma, embora a decisão tenha sido tomada para este ano, a possibilidade de retomar o horário de verão nos anos seguintes permanece. 

Alexandre Silveira enfatizou que mudanças climáticas, incluindo uma tendência de eventos climáticos extremos, podem demandar políticas adicionais de economia energética. Essa situação pode levar a reconsiderações futuras sobre a adoção do horário de verão.

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