Este papa foi acusado de envenenar seus adversários – e ele morreu da mesma forma
Alexandre VI, nascido Rodrigo Bórgia, foi uma figura controversa que liderou a Igreja Católica entre agosto de 1492 e agosto de 1503. Sua ascensão ao papado é vista por muitos historiadores como um dos exemplos mais flagrantes de nepotismo e corrupção na história da Igreja.
Durante seu tempo no poder, Bórgia usou sua posição para fortalecer a influência de sua família, enfrentando várias disputas políticas e religiosas que marcaram sua década de papado.
Nascido em Xátiva, Espanha, por volta de 1431 ou 1432, Rodrigo Bórgia veio de uma nobreza menor, mas ambiciosa, que rapidamente ascendeu sob a liderança de seu tio, Alonso Bórgia. Tendo se tornado cardeal e mais tarde Papa Calisto III, Alonso catapultou Rodrigo para o centro das atenções do Vaticano.
Assim, em 1456, Rodrigo foi nomeado cardeal e vice-chanceler da Igreja, posições que o colocaram no centro das intrigas políticas de Roma.
Como Alexandre VI se tornou um dos papas mais corruptos
A eleição de Rodrigo Bórgia como papa, adotando o nome Alexandre VI, suscitou escândalo e desconfiança. Em 1492, através de manobras políticas, garantiu sua colocação na liderança da hierarquia eclesiástica.
Este período ficou conhecido pelas escandalosas práticas de simonia, onde cargos eclesiásticos eram comprados e vendidos como meras mercadorias. Além disso, usou o nepotismo de forma explícita, posicionando seus próprios filhos em papéis de poder significativo dentro e fora do Vaticano.
As estratégias de poder de Alexandre VI
Durante seu papado, Alexandre VI teria sido mestre em manipular alianças políticas, apesar de estar constantemente em rota de colisão com outros líderes religiosos e seculares. Com sua influência, conseguiu resguardar a posição de seus filhos, nomeadamente César e Giovanni Bórgia, em lugares de destaque. César, em particular, foi nomeado cardeal em 1493, mas logo se destacou por sua ambição militar e astúcia política.
Alexandre VI faleceu em 18 de agosto de 1503, envolto em mistério e suspeitas de envenenamento, embora atualmente se acredite na possibilidade de ter sucumbido à malária. Sua morte precipitou o declínio da influência dos Bórgia, com muitos inimigos prontos para destruir o poder que haviam acumulado.
Ao longo de seu papado de 12 anos, conseguiu garantir a Jim o seu legado de intrigas, alianças políticas e decisões controversas que ainda fascinam estudiosos e entusiastas da história até hoje.