A abordagem da saúde única desempenha um papel fundamental no enfrentamento eficaz das zoonoses, doenças que podem ser transmitidas entre animais e seres humanos. Essa perspectiva integrada reconhece a interconexão entre a saúde animal, humana e ambiental, compreendendo que a saúde de um desses elementos está intrinsecamente ligada à dos outros.
Ao adotar a saúde única, as ações de controle de zoonoses tornam-se mais abrangentes e eficientes. Isso se deve à compreensão de que a transmissão de doenças entre animais e humanos muitas vezes ocorre em interfaces onde essas diferentes esferas se sobrepõem, como áreas urbanas onde animais domésticos e selvagens coexistem próximos a comunidades humanas.
O controle de zoonoses no contexto da saúde única implica em monitoramento constante da saúde animal, investigação de surtos e implementação de medidas preventivas. Essas medidas não se limitam apenas aos animais de produção, como gado e aves, mas também abrangem animais de companhia e fauna selvagem.
Além disso, a saúde única promove a pesquisa e a vigilância em relação às condições de saúde em todas as espécies. A identificação precoce de patógenos zoonóticos e a compreensão de suas dinâmicas de transmissão são cruciais para antecipar e prevenir surtos que possam afetar tanto animais quanto seres humanos.
A colaboração interdisciplinar entre profissionais da medicina veterinária, saúde pública e ambiental é essencial para o sucesso da abordagem de saúde única. Isso se traduz em estratégias conjuntas para a prevenção, detecção e resposta rápida a surtos de zoonoses.
Além do benefício direto para a saúde animal, a saúde única tem implicações significativas para a saúde humana. Reduzir a incidência de zoonoses não apenas protege as populações humanas de doenças potencialmente graves, mas também contribui para a estabilidade dos sistemas de saúde e a sustentabilidade ambiental.