A safra de soja na América do Sul, prevista para 2023/24, está destinada a atingir um recorde, de acordo com o segundo levantamento da Datagro Grãos. Mesmo com uma pequena redução em relação à projeção anterior, a estimativa aponta para uma produção de 222,343 milhões de toneladas na região, marcando um aumento de 15% em relação à safra anterior de 2022/23, que totalizou 194,098 milhões de toneladas.
Esse desempenho impressionante também supera o recorde estabelecido na temporada 2020/21, de 198,482 milhões de toneladas, representando um aumento significativo de 12%. A expansão não se limita apenas à produção, mas também abrange a área plantada, estimada em 68,669 milhões de hectares, um aumento de 6% em comparação com a safra anterior.
O Brasil, como maior produtor global de soja, projeta uma produção de 152,882 milhões de toneladas, mesmo apresentando uma ligeira queda de 4% em relação ao recorde de 159,233 milhões de toneladas registrado na safra anterior. No entanto, a tendência de expansão nas lavouras dedicadas à soja no país continua, alcançando 17 anos consecutivos de crescimento, com uma área plantada estimada em 45,364 milhões de hectares.
A Argentina e o Uruguai desempenham papéis significativos nesse cenário, contribuindo para a superação das expectativas. A Argentina, após três anos de redução na área plantada, mostra uma recuperação notável, alcançando 17,2 milhões de hectares e um potencial de produção de 51 milhões de toneladas, representando um aumento de 137% em relação à safra anterior.
O Uruguai, por sua vez, projeta uma área plantada de 1,350 milhões de hectares, um aumento de 10,2% em comparação com o ciclo anterior, e um potencial produtivo de 3,7 milhões de toneladas, um aumento notável de 311%, estabelecendo um novo recorde histórico. A Bolívia também contribui para o panorama positivo, estimando uma área recorde de 1,605 milhões de hectares e uma produção de 3,771 milhões de toneladas, um aumento de 17%.
A retomada da produção na América do Sul é explicada, em grande parte, pela recuperação na Argentina e no Uruguai, indicando um cenário otimista para o ciclo agrícola em 2023/24, mesmo diante de desafios enfrentados pelo setor.