Milho perde importância na safra de 2024 e dá espaço para outras culturas; preço não ajuda

A safra de 2024 no Brasil se desenha com uma perspectiva de menor produção de milho, abrindo espaço para outras culturas. O destaque recai sobre o possível aumento do consumo interno, especialmente nos setores de proteína animal e na produção de etanol derivado do cereal.

Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) preveem um equilíbrio entre oferta e demanda, impulsionado pelo recuo nas exportações. A limitação do excedente doméstico pode impactar as vendas externas, influenciando diretamente a dinâmica do mercado.

No entanto, o cenário não se apresenta favorável para os produtores de milho, já que os preços no início de 2024 estão consideravelmente abaixo do registrado há um ano. Esse contexto de valores mais baixos reduz as margens de lucro, somando-se às incertezas quanto aos efeitos do fenômeno El Niño sobre a produtividade.

Essa conjuntura desfavorável diminui o interesse dos agricultores em expandir a área destinada ao plantio de milho. Alguns já indicam que não planejam aumentar suas atividades nesse sentido. No mercado futuro da Bolsa de Valores (B3), os preços projetados para o segundo semestre sugerem uma recuperação, mas o panorama inicial desencoraja os investimentos.

O setor enfrenta desafios adicionais, pois a produção menor coincide com a perspectiva de aumento do consumo interno, principalmente nos segmentos de proteína animal e etanol. Essa dinâmica impõe um desafio logístico e estratégico para a cadeia produtiva, que precisará encontrar alternativas para atender à demanda interna crescente.

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