A situação crítica provocada pela falta de chuvas em Mato Grosso reflete-se nos 27 municípios que já decretaram estado de emergência, conforme informações atualizadas em 8 de janeiro de 2024. Essa condição preocupante impacta diretamente a produção agrícola e pecuária, evidenciando os desafios enfrentados pela região.
Os prazos dos decretos variam de 90 a 180 dias, sinalizando a gravidade do problema enfrentado por essas localidades. Em Sorriso, por exemplo, o município estendeu a validade do decreto emitido em 21 de dezembro de 120 para 180 dias. Essa prorrogação reflete a persistência das condições adversas e a necessidade contínua de medidas emergenciais.
O setor produtivo, essencial para a economia local, enfrenta estimativas preocupantes de perdas. Em Água Boa, conforme relato do Sindicato Rural, os produtores calculam uma redução de 30% a 40% na produção de soja. Essas perdas são atribuídas ao estresse hídrico prolongado, que impacta negativamente as lavouras e compromete a qualidade dos cultivos.
A escassez de chuvas também se reflete em outros municípios, onde o setor agrícola estima perdas variando entre 20% e 50%. A preocupação com o impacto econômico e as consequências para a segurança alimentar se intensificam à medida que mais localidades em diferentes regiões produtivas emitem decretos municipais, buscando chamar a atenção para a urgência da situação.
Nos primeiros dias de 2024, municípios como Água Boa, Cocalinho, Comodoro, Confresa, Juara, São José do Rio Claro e Pontal do Araguaia declararam estado de emergência devido ao estresse hídrico. A magnitude do desafio levou Sorriso a prorrogar a situação de emergência, sublinhando a complexidade e a prolongada natureza dessa crise climática.
A lista dos municípios que emitiram decretos revela a abrangência do problema, envolvendo localidades como Alto Paraguai, Araputanga, Bom Jesus do Araguaia, Chapada dos Guimarães, entre outros. Essa preocupante sequência de declarações de emergência destaca a necessidade urgente de medidas eficazes para lidar com os impactos da falta de chuvas, tanto nas atividades agropecuárias quanto na vida das comunidades afetadas.