O fenômeno natural La Niña é caracterizado pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico. Sua origem se dá na região do Pacífico Equatorial, com consequências profundas no clima global, incluindo o Brasil, onde traz um aumento no volume de chuvas no Norte e no Nordeste. Ocorre com frequência variada, podendo durar de nove a doze meses e tem reflexos importantes na economia, sobretudo na agricultura.
Mas, você deve estar curioso para entender melhor como esse fenômeno natural atua. A seguir, vamos discorrer sobre o que é o La Niña, seus efeitos e também traçar um paralelo com o El Niño, um fenômeno climático oposto.
Como funciona o Fenômeno La Niña?
Originalmente, o La Niña tem início na região do Pacífico Equatorial e consiste no resfriamento anômalo das águas superficiais do oceano Pacífico. Isso acontece quando os ventos alísios sopram com uma intensidade maior do que a convencional, empurrando a camada superficial de água quente do oceano Pacífico em direção a oeste, fazendo com que a região Oriental do Pacífico, próximo à costa oeste sul-americana, passe por um resfriamento, que é o fenômeno La Niña.
O que ocorre durante o La Niña no Brasil?
No Brasil, o La Niña resulta em chuvas intensas e temperaturas mais amenas no Norte e Nordeste. Em contrapartida, os estados do Sul vivenciam calor intenso e seca severa, enquanto as regiões Centro-Oeste e Sudeste têm efeitos menos previsíveis, que podem variar de escassez de chuvas a fortes tempestades acompanhadas de queda de temperatura.
O último La Niña, entre 2021 e 2022, trouxe consequências severas. Chuvas intensas e persistentes causaram enchentes e desabrigaram milhares de pessoas enquanto estados do Sul enfrentaram uma severa estiagem e altas temperaturas.
Diferença entre La Niña e El Niño
La Niña e El Niño são faces opostas do El Niño Oscilação Sul (Enos). O El Niño se caracteriza pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico. Isso ocorre quando os ventos alísios sopram com intensidade menor, aumentando a superfície de águas mais quentes, elevando a temperatura do Pacífico Equatorial. Enquanto o El Niño provoca secas no sudeste do continente asiático e na Austrália, o La Niña ocasiona aumento no volume de chuvas nesses locais.
O impacto de La Niña na economia
Não podemos deixar de abordar o impacto que o fenômeno La Niña possui sobre a economia global e, no caso do Brasil, o setor mais afetado é a agricultura. Tanto a seca severa quanto a alta pluviosidade causada pelo fenômeno podem diminuir a produtividade, alterar ciclos de desenvolvimento e propiciar o surgimento de doenças ou ervas daninhas. Portanto, o fenômeno merece atenção e estudo aprofundado para entendermos e nos prepararmos para suas consequências.
Assim encerramos nossa dissecção do fenômeno La Niña. Ao compreendermos sua dinâmica e efeitos, tornamo-nos mais aptos a lidar com suas consequências e agir de maneira a minimizar danos à nossa economia e sociedade.