Nos últimos anos, uma crescente atenção tem sido dada à pecuária e à criação de bovinos, particularmente, a importância das diferentes subespécies e suas respectivas características. Hoje, vamos explorar as nuances das subespécies: Bos taurus taurus e Bos taurus indicus.
Nosso objetivo é ajudá-lo a diferenciar essas subespécies e equipá-lo com o conhecimento necessário para compreender os intrincados detalhes da criação de bovinos em um Brasil tropical.
O que são Bos taurus taurus e Bos taurus indicus?
O Bos taurus taurus, ou bovinos taurinos, são originários da Europa e são bem conhecidos pela sua alta produtividade. Esses animais, entretanto, possuem menor resistência a características como altas temperaturas e umidade excessiva, próprias dos trópicos. Um exemplo emblemático seria a vaca Holandesa (Holstein), conhecida por suas distintivas manchas brancas e pretas.
Já o Bos taurus indicus, ou zebuínos, têm origem asiática e são adaptados para sobreviver em climas altamente tropicais. Eles são resistentes a carrapatos, doenças e podem suportar altas temperaturas. Porém, têm uma produtividade geral mais baixa. O Nelore é um exemplo clássico dessa subespécie, facilmente reconhecido em pastagens pelo Brasil afora.
Como distinguir entre os dois grupos de bovinos?
Algumas características ajudam a diferenciar esses grupos. Observe sempre os seguintes aspectos: orelhas, dorso e pescoço.
O gado taurino possui orelhas menores e mais eretas, enquanto os zebuínos têm orelhas pendentes e grandes. Os taurinos não têm ‘cupim’, mas você encontrará essa proeminência no dorso dos zebuínos, próximo ao pescoço. No quesito ‘barbela’, ou seja, a pele solta debaixo do pescoço, os taurinos têm menos, e os zebuínos a têm bem desenvolvida.
Por que essa diferenciação é importante?
Ao entender as diferenças entre essas subespécies de bovinos, você pode selecionar o gado que é mais adequado ao seu próprio ambiente e necessidades de produção. No Brasil, a estratégia comumente adotada é cruzar os taurinos, com sua produtividade superior, com zebuínos, mais resistentes e adaptados ao clima tropical.
Notar as diferenças físicas principais entre eles ajuda a identificar rapidamente a quais subespécies seus rebanhos pertencem, possibilitando o manejo mais eficiente da pecuária.